Por
falta de vagas, apenas 14% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso a um curso
superior, menor índice de toda América do Sul. Parar completar, cerca de 70%
das matrículas acontecem nas instituições de ensino privado, que cobram altas
mensalidades e oferecem, em geral, uma educação de baixa qualidade,
desvinculando ensino, pesquisa, extensão e a realidade da nossa região.
Ao
longo dos últimos anos, tem crescido as mobilizações pelo livre acesso à
universidade e pelo fim do famigerado vestibular. Em consequência, algumas
vitórias foram obtidas. No dia 8 de agosto deste ano foi aprovado no Senado, a
Lei das cotas nas universidades federais. De acordo com a nova legislação, 50%
das vagas disponíveis nestas instituições serão reservadas para estudantes
oriundos de escolas públicas e de baixa renda. Ainda dentro dessa porcentagem,
uma fatia será destinada a negros, indígenas e pardos, de acordo com a
proporção existente em cada estado com base nos índices do IBGE. O projeto
prevê a implantação gradativa das cotas, que chegarão a 25% em 2013 e 50% em
2016.
Embora
seja uma conquista importante no sentido de diminuir as grandes injustiças na
nossa sociedade, permitindo a entrada na universidade pública de estudantes
oriundos das camadas mais pobres da sociedade, as cotas estão longe de garantir
que a maior parcela da juventude tenha acesso à educação superior no Brasil. De fato, dos cerca de 6 milhões de inscritos
no ENEM 2013, apenas 300 mil ingressarão nas instituições públicas por falta de
vagas!
Educação
é um direito de todos. Precisamos garantir a universalização do acesso ao
ensino em todos os níveis, inclusive superior! A educação não deve ser regulada
pelo mercado como se fosse uma mercadoria e excluindo milhões de jovens, como
acontece hoje no Brasil.
Basta de injustiças, vamos nos organizar, vamos
unir as nossas forças e mobilizar em nossa cidade, bairro e escola a luta pela democratização da educação já, pelo
fim do vestibular e por uma universidade popular!
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