“Ousar, Valorizar, nossa cultura popular!”



Todas as diferentes formas de agir, de expressar seus pensamentos, sua história, até mesmo a forma com a qual a sociedade se comporta tudo é cultura...
No Brasil, país formado por um misto de etnias, raças, credos que há séculos deram origem ao nosso povo, tão invejado pela sua força de vontade, determinação e perseverança em cada luta até a conquista de seus ideais, a diversidade cultural está presente de inúmeras formas. E entre a juventude não é diferente!
No cumprimento de um papel histórico e transformador na sociedade, a juventude vêm se apresentado de forma combativa e criativa na luta pela conscientização e transformação do sistema social em que hoje vivemos. Foi assim nos “anos de chumbo” como ficou conhecido o período da ditadura militar no nosso país, através do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes – CPC da UNE, milhares de jovens eram atraídos para a luta em defesa da democracia no nosso país e a sociedade se punha à par do que acontecia diante dos seus olhos, através das inúmeras peças teatrais encenadas pela juventude. Na música, a perseguição àqueles que, través dos seus versos e melodias, interpretavam a combatividade do nosso povo e despertavam-no para a luta eram perseguidos e muitos deles obrigados a fugir para o exílio. Mas a juventude resistia!
Hoje, anos após o fim da ditadura militar, ainda são vastos os protestos da juventude apresentados de diversas formas, principalmente através da música. Entretanto, essa suposta liberdade de expressão apresentada ao nosso povo, não deixa de ser perseguida. Muitos são os artistas que não tem oportunidade de expressar a sua arte, unicamente pelo fato de não se calarem diante de tanto descaso e falta de oportunidade oferecida pelo sistema social vigente controlado pela burguesia nacional e internacional.
E quando esses conseguem uma maior inserção no meio do povo, pela identificação imediata do que é passado por esses artistas e o que é vivido pela população, logo são cooptados pelas grandes gravadoras e acabam por ter sob “controle” a sua indignação.
Mas a verdadeira cultura resiste! E a prova é o surgimento de tantos jovens que não se submetem a ideologia dominante, que estimula o consumo dessa falsa cultura “enlatada”, importada de países que almejam a manipulação do pensamento do povo, através da alienação proposta pela mídia. Como prova da capacidade de criação artística da juventude pernambucana, a Uespe estará organizando no primeiro semestre de 2008 o seu “I Festival Estudantil de Cultura”. Portanto, convocamos todos os jovens a se organizarem em suas bandas, teatros e grupos poéticos, vamos mostrar a nossa sociedade que “... a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte!”.

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